Governos, bem como os planos de saúde, as empresas e, principalmente, a população vêm pagando um preço muito alto pela falta de um programa preventivo contra nova epidemia: a dor nas costas. Segundo dados do IBGE, no Brasil, a dor nas costas é a terceira causa de aposentadoria e a segunda, de licença ao trabalho.
O fisioterapeuta Júlio César Sousa Ribeiro, membro do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, revela que a principal causa da dor nas costas é a hérnia de disco que surge principalmente a partir dos 40 anos. “Depois dos 45 anos, inicia-se um processo degenerativo no último disco da região lombar, que pode levar a sintomas como dor localizada na coluna ou irradiada para a perna ou para o braço quando for hérnia cervical. A doença está associada à dormência, formigamento e até à perda de força, mas, apenas de 5% a 10% dos casos de hérnia de disco necessitam de cirurgia”, afirma.
O especialista destaca que vêm diminuindo as indicações de cirurgia, sendo que nos casos em que o procedimento é realmente necessário a melhor alternativa são cirurgias minimamente invasivas. “Projeto iniciado em maio de 2011 no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, tirou da fila de cirurgia cerca de 65% dos pacientes com doença na coluna que tinham recebido indicação cirúrgica desnecessariamente”, informa.
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Júlio Ribeiro afirma que sedentarismo, trabalho físico pesado, má postura e posições repetitivas também estão ligados ao surgimento da hérnia de disco |
Ribeiro ressalta que fatores genéticos têm um papel importante no desenvolvimento, mas o sedentarismo, o trabalho físico pesado, a má postura e as posições repetitivas também estão ligados ao surgimento da hérnia de disco. “Por isso, a prevenção com exercícios físicos e boa postura é o melhor remédio, mas quando os problemas e sintomas já estão instalados, o tratamento conservador bem elaborado e conduzido por um profissional consciente e capacitado continua sendo uma boa opção antes de tentar um procedimento cirúrgico”, completa o fisioterapeuta.
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