Antoine de Saint-Exupery afirmou “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. De forma poética ele nos informou ou lembrou que somos responsáveis por nós, nossas vidas, pelo que pensamos, fazemos e desencadeamos, porém, a maior das pessoas assume a responsabilidade de forma parcial. No Havaí, um psicoterapeuta curou pessoas mentalmente enfermas com uma prática dos nativos deste país, chamada HO’OPONOPONO, que ensina uma nova perspectiva avançada sobre o que é a total responsabilidade.
Seu nome é Dr. Ihaleakala Hew Len. Ele desenvolveu este trabalho no Hospital Estatal do Havaí durante quatro anos. O pavilhão onde encerravam os loucos criminais era perigoso. Em regra geral, os psicólogos se demitiam após um mês de trabalho ali. A maior parte do pessoal do hospital ficava doente ou se demitiam, viviam com medo de serem atacadas pelos pacientes.
No seu sistema de trabalho com a prática do HO’OPONOPONO, o Dr. Hew Len nunca viu qualquer dos pacientes. Em sua sala no hospital revisava os seus prontuários médicos, buscava se inteirar profundamente de cada um, como também buscava aquela insanidade nele próprio, enquanto lia os prontuários, ele trabalhava sobre si mesmo. Enquanto ele trabalhava sobre si mesmo, os pacientes começaram a curar-se.
Os relatos do Dr. Len registraM que: – Depois de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente. Outros, que tinham que ficar fortemente medicados, começaram a ter sua medicação reduzida. E aqueles, que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem liberados, receberam alta. Até o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. Os profissionais não mais se demitiam ao ponto do hospital ficar com mais pessoal do que necessário, porque os pacientes eram liberados e todo o pessoal vinha trabalhar. Hoje, aquele pavilhão do hospital está fechado.
Quando Dr. Len foi questionado sobre o que ele fez a si mesmo para provocar tal mudanças nestas pessoas, ele respondeu: – “Eu simplesmente estava curando aquela parte em mim que os havia criado, eu entendia que a total responsabilidade por nossa vida implica em tudo o que está na nossa vida, pelo simples fato de estar em nossa vida e ser, por esta razão, de nossa responsabilidade.”
Num sentido literal, o mundo todo é criação nossa. Isso é duro de engolir! Sermos responsáveis pelo que dizemos e fazemos é uma coisa. Sermos responsáveis pelo que dizem e fazem outras pessoas que estão na nossa vida é muito diferente.
Apesar disso, o novo paradigma é este: Se você assume completa responsabilidade por sua vida, então tudo o que você olha, escuta, saboreia, toca ou experimenta, gosta ou desgosta, de qualquer forma é da sua responsabilidade, porque está em sua vida.
Isto significa que a atividade terrorista, o presidente, a economia ou qualquer coisa que você experimenta e não gosta, está ali para que você a cure. Tudo isto não existe, digamos, exceto como projeções que saem do seu interior, e você pode recriá-las, você pode curá-las.
O problema não está neles, está em você e para mudá-lo, você é quem tem que mudar. Sei que isto é difícil de entender, muito menos de aceitar ou de realmente vivenciar. Colocar a culpa em outra pessoa é muito mais fácil que assumir a total responsabilidade.
Esta prática leva Dr. Len, a compreender que essa cura também era dele e que o HO’OPONOPONO significa AMAR-SE A SI MESMO.
Se você deseja melhorar sua vida, você deve curar sua vida. Se você deseja curar alguém, mesmo um criminoso mentalmente doente, você o faz curando a si mesmo.
O Dr. Len relata como ele curava a si mesmo: “Eu trabalhava com os prontuários daqueles pacientes, e simplesmente, permanecia dizendo EU SINTO MUITO E TE AMO, uma vez após outra.
Acontece que amar-se a si mesmo é a melhor forma de melhorar a si mesmo e, à medida que você melhora a si mesmo, melhora o seu mundo.
Dr. Len tem 70 anos de idade, é considerado no Havaí um Xamã avô e é um pouco solitário. Costuma dizer que à medida que melhoramos a nós mesmos, a nossa vibração interna e a vibração de tudo que fazemos e criamos na nossa volta melhoram, as pessoas em nossa volta melhoram. Diz que somos responsáveis por tudo que chega a nossa vida, e se chegou é para que possamos curar a partir da nossa própria cura. As circunstâncias externas na nossa vida são simplesmente a manifestação do que vibra dentro de nós. Assim nos curamos e curamos o mundo.
Resumindo, nada está do lado de fora. Seria necessário um livro inteiro para explicar essa técnica avançada com a profundidade que ela merece.
Mas em sua sábia e sagrada simplicidade ele diz que: – “Quando você quiser ou desejar melhorar qualquer coisa na sua vida, existe somente um lugar onde procurar: dentro de você mesmo. E, quando olhar, faça-o com amor.”
A prática do HO’OPONOPONO é uma experiência de amor por nós mesmos. Aí reside a força do segundo mandamento “Amar ao próximo como a si mesmo”. Pode ser que na nossa desatenção e na invalidação deste mandamento, esteja a origem de todo o desequilíbrio do Amor no Planeta Terra e na insanidade humana. É hora de cada um de nós assumirmos o pedaço de humanidade que encarnamos e nos abrirmos para que o Amor trabalhe por si e em si. Abrirmo-nos e darmos a nossa permissão para que o amor faça o seu trabalho libertador se faça.
Já existe uma música americana trazendo a prática do HO’OPONOPONO e ela diz: Eu sinto muito, eu te perdôo, sinto gratidão, eu te amo.
É Tão simples! Para todos e para cada um de vocês: SINTO MUITO , EU TE PERDÔO , GRATIDÃO, EU TE AMO!
* Este material foi adaptado inicialmente pela psicoterapeuta Zunara lyra do relato da experiência de Joe Vitale com o Dr, Hew Len. A ambos peço permissão para compartilhar a fim de que mais e mais pessoas possam tomar conhecimento e praticar o HO’OPONOPONO, melhorando e curando a si próprios, às pessoas, ao sistema e ao nosso planeta.
